rabalho artes bienal
ZAPALLAR (1958-1959)
Indiscutivelmente uma das mais importantes artistas trabalhando com arte têxtil, Sheila Hicks rejeita os limites que separam arte, artesanato e design. Seduzida por técnicas de tecelagem com as quais teve contato em viagens pelas Américas Central e do Sul, a artista desenvolve há mais de seis décadas, uma obra calcada na exploração criativa de técnicas tradicionais e não tradicionais de manipulação têxtil, nas quais usa o fio para jogar com formas, divisões, assimetria, graus variáveis de tensão, relaxamento e cor.
Tecelagens coloridas, felpudas, gordas viram quadros e instalações no espaço da artista no térreo da Bienal. A influência da técnica vem da confecção pré-colombiana, que a fez pesquisar o tear em várias partes do mundo. Olhando, a primeira sensação que se tem é de uma beleza familiar, de tecido, de tapete, de cores harmônicas e felizes. Mas há um caráter orgânico na textura e nas formas da tecelagem, uma alusão a conforto talvez uterino, de casulo, não sei. E isso torna tudo menos apenas bonito, e mais reflexivo.
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO INFANTE
Manto da Apresentação
A Sala Arthur Bispo do Rosário Infante reuniu cerca de 850 trabalhos. Suas obras atraem a atenção de especialistas e amadores desde a década de 1950. O artista brincava com a construção e reconstrução de elementos em suas peças, utilizando-se de bordados, assemblages e estandartes. Também podemos verificar o acesso à variada produção do artista, que tecia mantos repletos de inscrições, construía objetos ‘escultóricos’ feitos com descartes diversos, garrafas, pneus, roupas e ripas, numa variedade muito grande de materiais, postando uma simbologia única em seu trabalho.
Por conta desta mistura e simplicidade na escolha destes objetos ficou consagrado como referência para a arte