química
Número 23
Em diacom as CIÊNCIAS
NATURAIS
Eduardo Canto
Autor de Ciências Naturais, aprendendo com o cotidiano – Editora Moderna
Como se formam as bolhas de sabão?
Formação se deve ao fato de o sabão ser tensoativo.
Na estrutura química de um sabão ou de um detergente, como os exemplificados abaixo, há uma extremidade que apresenta alta afinidade pela água e uma longa sequência — cadeia formada por átomos de carbono ligados a átomos de hidrogênio — que apresenta afinidade por óleos, gorduras e também por outras cadeias semelhantes a ela.
Sabão
O
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C
Detergente
O– Na+
O
S
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
O– Na+
O
Cadeia hidrófoba
(aversão pela água e alta afinidade por óleos e gorduras)
Extremidade hidrófila (afinidade pela água)
entre elas, maior a tensão superficial. A água apresenta elevada tensão superficial porque suas moléculas se atraem muito intensamente (por um tipo de interação chamada ligação de hidrogênio).
A presença de uma camada de moléculas de sabão ou detergente na superfície da água reduz significativamente a tensão superficial. Por isso, diz-se que os sabões e detergentes são agentes tensoativos (ou surfactantes).
Quando mergulhamos uma argola em água com sabão e a retiramos, uma película do líquido permanece na argola. É uma camada de água líquida com moléculas de sabão em ambas as superfícies.
Água
Ar
© 2010 Eduardo Leite do Canto (www.professorcanto.com.br) – Venda proibida
Tais estruturas podem ser representadas esquematicamente assim:
Cadeia
hidrófoba
Extremidade hidrófila Quando sabão ou detergente é misturado à água, uma parte se distribui pela superfície do líquido, com as extremidades hidrófilas voltadas para dentro dele, interagindo com a água, e com as cadeias hidrófobas voltadas para fora, interagindo umas com as outras. Outra parte do produto forma micelas, aglomerados microscópicos em