Química
Como uma alternativa da técnica em coluna, pode realizar a cromatografia em uma folha ou tira de papel adsorvente. Para várias finalidades, deve-se preferir papel de filtro celulose. É tão hidrófilo que normalmente mantém um revestimento de água (totalmente imperceptível) adsorvida do ar. Portanto a cromatografia em papel de filtro é quase sempre uma partição, um exemplo de cromatografia líquido-líquido. (EWING, 1982)
Essa é uma técnica de partição que utiliza dois líquidos (líquido-líquido) sendo um fixado em um suporte sólido (papel de filtro). Útil em separação de compostos polares. Encontra-se bastante difundida devido à sua facilidade experimental e ao seu baixo custo. (STROBEL, 1973)
A cromatografia em papel (CP) é uma das técnicas mais simples e que requer menos instrumentos para sua realização, porém é a que apresenta as maiores restrições para sua utilização em termos analíticos. (PERES, T. B., 2002)
Neste tipo de cromatografia, uma amostra líquida flui por uma tira de papel adsorvente disposto verticalmente. O papel é composto por moléculas de celulose que possuem uma forte afinidade pela água presente na mistura de solvente, mas muito pouca afinidade pela fase orgânica, atuando como suporte inerte contendo a fase estacionária aquosa (polar). À medida que o solvente contendo o soluto flui através do papel, uma partição deste composto ocorre entre a fase móvel orgânica (pouco polar) e a fase estacionária aquosa. Desta forma, parte do soluto deixa o papel e entra na fase móvel. Quando a fase móvel alcança uma seção do papel que não contém soluto, o fenômeno de partição ocorre novamente, só que agora o soluto é transferido da fase móvel para a fase estacionária. Com o fluxo contínuo de solvente, o efeito desta partição entre as fases móvel e estacionária possibilita a transferência do soluto do seu ponto de aplicação no papel, para outro ponto localizado a alguma distância do local de aplicação no sentido do fluxo de solvente.