Química e o desmatamento
Em comunicado, o órgão detalhou que os dados sobre emissões foram calculados a partir da análise do Projeto de Vigilância do Desmatamento da Amazônia Legal, que situou em 4.665 km2 a superfície desmatada entre agosto de 2011 e julho deste ano.
Os valores de emissões atuais revelam, além disso, uma redução de 64% em relação aos divulgados em 2004, quando foram desmatados quase 28 mil quilômetros quadrados da Amazônia.
Segundo o Inpe, a metade da massa florestal é composta de carbono que é emitido para a atmosfera em forma de CO2 quando se queima madeira, pelo corte de árvores e outras alterações da natureza. A velocidade da transferência de CO2 à atmosfera está relacionada à exploração madeireira e à agricultura abusiva, entre outros fatores.
O desmatamento químico é conhecido desde os tempos da Guerra do Vietnã, quando aeronaves pulverizadoras lançavam veneno no ar para matar árvores e facilitar a visibilidade das tropas vietcongues. A Amazônia brasileira, mesmo não sendo alvo de guerra, tornou-se num alvo de pesticidas, inseticidas e herbicidas.
Para escapar da apreensão de motosserras, da prisão e da fiscalização na Amazônia Legal, os desmatadores começaram a empregar a técnica de desmatamento químico na floresta amazônica para facilitar a derrubada de árvores e o preparo do terreno para a agricultura e pecuária.
Na Amazônia Legal, o lançamento de agrotóxicos e óleo mineral é feito por aviões pulverizadores, os mesmos utilizados em plantações; os agrotóxico jogados na floresta esbranquecem as árvores, poluem o solo e os lençóis d’água; em uma semana, as folhas caem, deixando galhos e troncos nus; madeireiros extraem as madeiras de valor com motosserras; por fim, o terreno é limpo pelas