Quimica
Há um forte apelo no Fédon, ao desprendimento das coisas materiais em detrimentos das coisas imateriais. O filósofo deve dedicar-se não aos prazeres materiais como por ex.: beber, comer, vestir-se bem, ter/desejar ter belos calçados etc. (deve buscar essas coisas por necessidade e não por prazer). Por conseguinte, deve voltar-se para a alma, voltar-se para o imaterial. Isto é, buscar a verdade e o conhecimento.
No movimento que se deve fazer para o interior - a alma - Sócrates enxerga um grande obstáculo, o corpo. Então é necessário transpor o que é material (sensível), para alcançar a verdade. Na aquisição do conhecimento o corpo é um entrave. O corpo engana e atrapalha a alma de atingir a verdade. Pois, os sentidos são sem exatidão e incertos, logo não são confiáveis e, o homem que busca a verdade com auxílio do corpo é completamente enganado. Guerras, paixões, pelejas e tantas outras mazelas humanas são suscitadas pelo corpo e suas paixões etc.
PURIFICAÇÃO DA ALMA
Fica claro no diálogo que a purificação da alma é o ideal a ser perseguido nesta vida e, purificar é separar o mais possível à alma do corpo, habituando-a a recolher-se e a fechar-se em si mesma e, alheia a qualquer elemento corpóreo, permanecer tanto quanto possível inteiramente desligada do corpo com suas cadeias. Assim, o verdadeiro amante do saber, o filósofo, aspira pela morte, na medida em que é neste momento que a alma se separa do corpo e vai ao encontro do mundo realmente puro onde poderá entrar em contato com as idéias e o verdadeiro conhecimento, com a eternidade, perfeição e harmonia.
Platão considera a alma humana como um ser eterno (co-eterno às idéias), de natureza espiritual, inteligível, caído no mundo material como por uma espécie de queda original. Deve, portanto, a alma humana, libertar-se do corpo, como uma espécie de cárcere. Esta libertação, durante a vida terrena, começa e progride mediante a filosofia, que é a separação espiritual da