Quimica
Os egípcios e os fenícios já utilizavam compostos orgânicos como os pigmentos índigo, alizarina e púrpura de Tiro extraídos de vegetais e animais. Eles também já conheciam a fermentação do suco de uva para a fabricação do vinho e as reações de saponificação de gorduras.
O estudo da química orgânica só teve início no final do século XVIII, quando o químico alemão Scheele isolou alguns compostos orgânicos de suas fontes naturais. Em 1784, Lavoisier formulou um método para descobrir a composição percentual de compostos orgânicos, comprovando que a maioria desses compostos é constituída por combinações de C, H, O, N e S. Em 1807, Berzelius foi o primeiro a usar o termo Química Orgânica para se referir aos compostos extraídos da matéria viva. Em 1828, o químico Wöhler conseguiu sintetizar a ureia, um composto de origem orgânica e dessa forma, foi demonstrado que o elemento básico de todos os compostos orgânicos é o carbono. Assim, atualmente, a química orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos que contém carbono, chamados compostos orgânicos.
O carbono está localizado, na tabela periódica, no grupo IVA, por isso possui quatro elétrons na camada de valência, podendo compartilhá-los, formando compostos relativamente estáveis. O outro ametal do grupo IVA é o silício, que também pode compartilhar quatro elétrons, formando ligação silício-silício. No entanto, essa ligação é facilmente rompida na presença de oxigênio, formando o dióxido de silício, SiO2, substância que forma as areias e o quartzo. As ligações entre os átomos de carbono e qualquer outro ametal são chamadas de ligação covalente, onde um par de elétrons é compartilhado entre os átomos. O par de elétrons da ligação é formado por um elétron de cada átomo.
Os átomos de carbono formam o “esqueleto” de uma molécula orgânica, porque têm capacidade de compartilhar elétrons com outros átomos, inclusive com átomos de carbono. Essas ligações carbono-carbono permitem a