O fim da ação educativa é desenvolver no indivíduo e no grupo a capacidade de analisar criticamente a sua realidade; de decidir ações conjunta para resolver problemas e modificar situações; de organizar e realizar a ação, e de avaliá-la com espírito crítico”. “É sempre bom lembrar que a atividade educativa não é um processo de condicionamento para que as pessoas aceitem, sem perguntar, as orientações que lhes são passadas. A simples informação ou divulgação ou transmissão de conhecimento, de como ter saúde ou evitar uma doença, por si só, não vai contribuir para que uma população seja mais sadia e nem é fator que possa contribuir para mudanças desejáveis para melhoria da qualidade de vida da população.As mudanças no sentido de ter, manter e reivindicar por saúde ocorrem quando o indivíduo, os grupos populares e a equipe de saúde participam. A discussão, a reflexão crítica, a partir de um dado conhecimento sobre saúde/doença, suas causas e conseqüências, permitem que se chegue a uma concepção mais elaborada acerca do que determina a existência de uma doença e como resolver os problemas para modificar aquela realidade.viabiliza-se a mútua transparência. As pessoas são sujeito e não objeto dos serviços da saúde, busca-se a identificação entre o SUS e a população, permitindo a abordagem epidemiológica e o controle social dos serviços; permite-se a interferência, no nível decisório, por meio dos Conselhos de Saúde, e uma relação mais orgânica entre serviços e população, viabilizando: o diagnóstico e planejamento participativo das ações de saúde, de confronto, consenso, abertura de espaço e um redirecionamento das ações educativas, presentes nas relações entre profissionais de saúde e população.