quimica
No início de 1896, Antonie-Henri Becquerel descobriu a radioatividade. Esta descoberta apontou o início da Física Nuclear, representando uma das maiores descobertas da humanidade, um fenômeno que pode ser de ordem natural ou artificial. Becquerel havia tomado conhecimento da descoberta dos raios X por Röntgen, numa sessão da Academia de Ciências de Paris, em 20 de janeiro de 1896, por meio de Henry Poincaré, que havia recebido uma cópia do artigo de Röntgen. Este dizia que esses raios eram emitidos pela parede fosforescente do tubo de Crookes e que, ao incidir num anteparo pintado com platino cianeto de bário, produzia luminescência. Becquerel interessou-se imediatamente pelo assunto, pois tanto ele quanto seu pai e avô haviam trabalhado com o fenômeno da luminescência.
Segundo Navarro et al 2008, no início, Becquerel achou que se tratava dos mesmos raios X descobertos por Röntgen, mas os estudos do casal Marie e Pierre Currie permitiram a descoberta de mais três novos elementos (tório, polônio e rádio). Evidenciar o termo ‘radioatividade’ e descrever o fenômeno como uma propriedade dos elementos químicos, renderam a Becquerel o Nobel em Física em 1903.
Em 1899, o físico inglês Rutherford (Prêmio Nobel de Química em 1908) identificou a natureza de dois tipos distintos de radiações emitidas por elementos naturais: as partículas alfas (α) e as partículas betas (β). Naquele mesmo ano, o físico francês Villard descobriu um terceiro tipo de radiação,que passou a ser denominado raios gama (γ). Cada partícula alfa é formada pela associação de 2 prótons e de 2 nêutrons. Constitui-se, pois, de um núcleo bi positivo de átomo de Hélio: 2 4 He++ = α. A energia inicial com que essas partículas são emitidas pelos núcleos radioativos varia de um isótopo – emissor para outro. Quanto maior for a energia com que as partículas alfa são emitidas, maior será o seu poder de penetração quando bombardeia outras matérias.
Com a descoberta da