Quimica
Lava-louça
Por Gabriel Mustafá Misirli
Gabriel Mustafá Misirli – Técnico em Química e Graduando de Engenharia Química na UFRJ.
Consultor Técnico Independente nas áreas de Household e Cosméticos. www.misirli.eng.br O segmento de mercado dos detergente lava-louças é altamente competitivo, tendo evoluído no sentido de uma redução dos custos, com a diminuição do teor de matéria ativa nas formulações e conseqüentemente acarretando uma queda na qualidade dos mesmos.
Por ser um produto aparentemente simples e que requer investimento relativamente pequeno, a tendência é da pulverização de produtos, que na grande maioria possuem baixa qualidade, devido à concorrência orientada para produtos com menor preço.
Apesar das várias marcas existentes no mercado e do grande número de produtos basicamente artesanais, o processo de desenvolvimento de um detergente não é tão simples. Para a formulação de um bom detergente é importante ter o conhecimento das principais matérias-primas com suas respectivas funções.
A seguir, apresentaremos algumas definições básicas e principais matérias-primas, muitas já amplamente conhecidas e divulgadas.
Definições Básicas
Matéria Ativa
No caso do detergente refere-se ao total de tensoativo presente na formulação, expresso em % (p/p).
A matéria ativa de um produto pode possuir características aniônicas, catiônicas ou anfotéricas, de acordo com a estrutura da matéria-prima empregada.
Tensoativo
Os tensoativos são responsáveis pela característica mais importante e desejada em um detergente, a capacidade de remoção das sujidades. Este fato é possível devido a sua estrutura, que possui uma parte hidrofílica e uma parte hidrofóbica.
A figura 1 representa esquematicamente a estrutura de um tensoativo. Eles reduzem a tensão superficial da água, permitindo que a sujeira possa ser removida facilmente através da formação de micelas.
Numa micela, a extremidade apolar do tensoativo fica voltada para o