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É questionável que 185 nações independentes de 193 existentes no mundo integram a ONU, realmente é aceitável que colonialismo, pós-colonianismo e crítica pós-colonialista sejam colocadas em xeque, será que as literaturas dos povos independentes estariam livres de manipulações coloniais que as degradaram e que finalmente teriam uma posição estética própria?O desenvolvimento de literaturas dos povos colonizadores deu-se como imitação servil a padrões europeus, atrelada a uma teoria literária unívoca, essencialista e universalista. A ruptura operada pela literatura pós-colonial e a apropriação do idioma europeu para desenvolver a expressão imaginativa na ficção aconteceram após investigações e reflexões sobre o mecanismo do universo imperial, o maniqueísmo por ele adotado, a manipulação constante do poder e a aplicação do fator desacreditador na cultura do outro.
Os autores chegam a vários princípios e questões que fundamentam o conceito de literatura pós-colonial. Embora sempre considerem criticamente, de modo especial, a detecção de resquícios europeus e que sem dúvida, muitas questões ainda não foram resolvidas, como: a relação da língua europeia trazida pelos colonizadores e as línguas indígenas; a conveniência das traduções; a influência cultural híbrida dentro de uma cultura e fora dela; a paridade da oratura com a literatura; os padrões de valores estéticos; a importância das instituições para a produção literária e crítica; a revisão do cânone literário.
Vários autores percebem que, pelo menos no caso do inglês, o estudo dos idiomas europeus como disciplinas acadêmicas e o desenvolvimento dos impérios no século XIX partiram de uma única fonte ideológica. Os valores , o estilo e os parâmetros inculcados nos acadêmicos confirmaram a superioridade da civilização europeia, com a consequente degradação e total rejeição de qualquer manifestação cultural nativa, considerada inferior, primitiva e selvagem, digna de ser extirpada. A sedução