Quimica
Corrosão Eletrolítica e sob tensão
14.1 Introdução
No início do século passado o estudo da fratura de objetos de latão sugeriu uma relação entre tensão e corrosão. A fratura de estojos de munição foi um problema sério que exigiu um meticuloso estudo do problema. Desde então centenas de ocorrências foram registradas: aos casos clássicos de quebra de objetos de latão, de aço inoxidável e fratura de tubos de caldeiras, vieram-se juntar recentemente casos de quebra de componentes de aviões e reatores nucleares. Corrosão sob tensão é também uma das limitações materiais mais sérias que o engenheiro de transportes supersônicos e de veículos espaciais e submarinos deve enfrentar.
Tubulações enterradas, como oleodutos, gasodutos, adutoras e minerodutos e cabos telefônicos com revestimento metálico (chumbo), estão freqüentemente sujeitos a casos em que correntes elétricas de interferência que abandonam o seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água, atingem instalações metálicas enterradas, podendo assim ocasionar corrosão. Esse tipo de corrosão é chamado de corrosão por eletrólise ou eletrolítica, e pode-se defini-la como a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como ânodo ativo de uma célula ou pilha eletrolítica.
14.2 Corrosão sob Tensão
A corrosão sob tensão descreve o efeito combinado das tensões mecânicas e do meio corrosivo que leva o material metálico à fratura, mas a uma tensão muito inferior a que o metal resistirá em meio não corrosivo.
As tensões que provocam o fenômeno podem ser residuais ou atuantes. As residuais são geralmente provenientes de operações de soldagem e deformação a frio, como estampagem e dobramento e as tensões atuantes resultam da aplicação de esforços sobre a peça(tração, torção, etc.). Uma característica importante da corrosão sob tensão é que não se observa praticamente perda da massa do material que permanece com bom aspecto até que ocorra a fratura, que pode ser