Quimica
INTRODUÇÃO E IMPORTÂNCIA
Citoquímica é a aplicação de corantes bioquímicos à células do sangue e medula óssea, de maneira a refletir sua composição sem modificar apreciavelmente sua morfologia. Colorações citoquímicas são auxiliares diagnósticos importantes em leucemias e em outras doenças hematológicas. É importante compreender que o estudo das células do sangue e da medula, através técnicas especiais, é complementar ao estudo clássico de suas morfologias ( evidenciadas após colorações panóticas). Sem dúvida, a riqueza de detalhes observáveis em extensões assim coradas (Leishmann, May-Grunwald, Giemsa...), é o ponto de partida indispensável para estudos subseqüentes. Como qualquer reação colorida ou técnica de coloração por adsorção ou partição, a sensibilidade é o “calcanhar de Aquiles” dos métodos citoquímicos, Assim, embora saibamos que existam lipídeos e proteínas em todas as células, não é possível corar, com técnicas específicas para estas classes de substâncias, todas as estruturas que as contém. Por outro lado, interessam-nos apenas as colorações que possam esclarecer aspectos da fisiopatologia das células do sangue e seus precursores, mais precisamente, aquelas que tenham valor diagnóstico e/ou prognóstico. As colorações citoquímicas incluem: - Sudan Black B; - Ácido periódico de Schiff (PAS); - Perls (reação do azul da prússia); - Colorações para várias enzimas etc; Note que, embora existam métodos histoquímicos (i.é., colorações bioquímicas em tecidos, preservando a morfologia) para proteínas, peptídeos e ácidos nucléicos, estas colorações são quase ausentes da rotina laboratorial, porque seu interesse diagnóstico é menor. Há um grande número de estudos feitos com granulócitos de humanos e de animais, que procura estabelecer o mecanismo de ação destas células, desde sua migração (da medula óssea para o sangue), até os fenômenos responsáveis pela morte de microorganismos ou a fagocitose de substâncias estranhas presentes na