Quimica uma historia volatil
De
Português
LUZ DE LANTERNA, SOPRO DE VENTO.
Marina Colasanti.
O cenário deve ser uma casinha simples em um lugar isolado, com um lanterna acesa do lado de fora da casa.
Cena 1: A partida para a guerra .
Cena 2: Indicando o caminho de volta.
Cena 3: A volta temporária .
Cena 4:A escuridão toma conta.
Cena 5: A volta definitiva .
Cena 1.
Mulher: (quase implorando) Não vá! Não me deixe aqui sozinha.
Homem: (triste) Eu preciso ir.
Homem abraça a mulher.
Homem: Eu prometo voltar em breve.
Mulher: (chorando) Vá com Deus.
O homem monta no cavalo e parte. Mulher desolada entra para dentro chorando.
Cena 2.
A mulher acende a lanterna.
Mulher: (murmurando) Acenderei a lanterna para indicar o caminho de volta para o meu amado.
De manhã, a mulher encontra a lanterna apagada.
Mulher:(assustada) Deve ter sido o vento da madrugada.
À noite, a mulher acende a lanterna novamente.
Mulher: Espero que o vento da madrugada não apague a lanterna está noite.
De manhã, a mulher encontra a lanterna apagada.
Mulher:(surpresa) Pensei que não havia ventado esta noite.
Passa-se muito tempo.
Cena 3.
A mulher avista um homem no horizonte.
Mulher: (esperançosa) Será o meu amado, aquele que vejo o horizonte?
O homem apeia do cavalo, cheio de poeira e sangue e abraça a mulher.
Homem: (quase ríspido) Vim porque a luz que você acende à noite não me deixe dormir. Brilha por trás das minhas pálpebras fechadas, como se me chamasse. Só de madrugada, depois que o vento sopra, posso adormecer.
A mulher coloca a mão no peito do homem.
Homem: (duramente) Deixe-me fazer o tem que ser feito, mulher.
O homem apaga a lanterna, e parte .
Cena 4.
Mulher:(angustiada) Espero a volta de meu marido, mas não acenderei a lanterna à seu pedido.
Mulher: Já se passou tanto tempo, essa escuridão não acaba, as noites passam rápido e o meu marido ainda não voltou.
Cena 5.
A mulher avista no horizonte um homem a pé.
Mulher: (esperançosa) O meu amado