Quetzalcoatl
Na antiga religião dos povos da América Central, onde se contam entre os mais famosos, os Astecas e os Maias, acreditava-se que um dos deuses do seu panteão seria uma serpente como penas, ou seja, Quetzalcoatl (Quetzal = Penas de um tipo de pássaro; Coatl = Serpente). Este deus seria o deus do vento, da criatividade e da fertilidade. Quetzalcoatl era, como muitas das divindades, uma criatura paradoxal, ou melhor, os homens fizeram desta divindade uma contradição. Se por um lado Quetzalcoatl era adorado com sacrifícios de animais dado que o mesmo era contra o sacrifício humano, por outro lado está escrito que os Asteca, na reconsagração da Grande Pirâmide de Tenochtitlan, sacrificaram cerca de 84.000 prisioneiros em 4 dias. Quetzalcoatl tem uma história ligada aos astros de uma forma única. É dito que Quetzalcoatl foi expulso do seu reino, Tula, por Tezcatlipoca e ao chegar à costa leste do México, Cremou a si mesmo numa pira funerária. Ao fazer este ato, o seu coração subiu aos céus por entre as cinzas e transformou-se na Estrela da Manhã (na verdade o planeta Venus). Visto que o planeta Terra e Venus têm ciclos anuais diferentes, a Estrela da Manhã e as suas cíclicas transformações em Estrela da Noite formam um complexo ciclo de 52 anos, o qual é celebrado com o nome de "uma palha", ano em que Quetzalcoatl reapareceria como senhor dos Toltecas, povo de Tula. Uma das maiores curiosidades acerca de Quetzalcoatl, e a que possivelmente levou à conquista dos povos da América Central pelos espanhóis, terá sido a de que o deus em questão teria uma cara feia, pelo que teria deixado crescer a barba para escondê-la e por vezes usava uma máscara branca. Dado que os invasores espanhóis seriam muito brancos comparados com os povos locais e visto que usariam quase todos barba, pensou-se que seriam Quetzalcoatl, pelo que os povos locais, em vez de se defender, ajoelharam-se em adoração.
Montezuma II
Nome Completo - Motecuhzoma Xocoyotzin