Questão

1) Explique como nasceu e evoluiu o instituto da falência?
Na Roma antiga, houve um período em que o devedor respondia por suas dívidas com a própria liberdade e no pior das hipóteses com sua própria vida, sendo assim, pode-se afirmar que a garantia do credor, era a pessoa do devedor.
Somente com edição da Lex Poetelia em 428 a.C., A qual proibiu o encarceramento, a venda como escravo e a morte do devedor, o direito romano passou a conter regras que consagravam a sua responsabilidade patrimonial, encontra-posição às regras de outrora, que o puniam com a pena de responsabilidade pessoal por suas dividas. Em fim, passou-se a entender que os bens do devedor, e não a sua pessoa, deveriam servir de garantia aos seus credores.
O Código de Justiniano trouxe uma possível solução para solucionar o problema do devedor que não possuísse bens suficientes para pagar seus credores. No referido Código há via a previsão de uma execução especial contra o devedor insolvente: tratava-se da chamada Missio Iin Possessi Bonorum,através da qual os credores adquiriam a posse comum dos bens do devedor, os quais, por sua vez, passavam a se administrados por um curador, Ocurator Bonurum. A partir de em tão os credores adquiriam, consequentemente, o direito de vender os bens do devedor, com o intuito de saudar a dívida que este tinha e relação àqueles.
Sendo assim, surge nesse período inicial o direito falimentar, embora extremamente repressivo, com a finalidade de punição do devedor, e não a satisfação dos créditos dos credores.
Na Idade Média, com o surgimento do direito comercial, começa a serem construídas regras especiais advindas da compilação de usos e práticas mercantis, para execução dos devedores insolventes que podem ser vistas como precursoras do atual direito falimentar. Todavia, ainda se tratava de regras de caráter extremamente repressivo que se aplicava a qualquer espécie de devedor, comerciante ou não.
Com a codificação napoleônica que consolidou o direito civil como