Questão

2. (BNDES – Fundação Cesgranrio – 2011 – com adaptações).
Em relação aos dois últimos períodos do Texto I, afirma-se que a

(A) rotina é consequência do sentimento de indiferença familiar.
(B) indiferença é a causa da não percepção verificada entre os membros da família.
(C) ausência de percepção gera a rotina de vida.
(D) rotina leva à não percepção que, por sua vez, traz como consequência a indiferença.
(E) ausência de percepção é uma consequência da indiferença familiar.

Comentário:
Questão sobre interpretação de texto: relação de causa e conseqüência.

Embora seja sempre recomendado ler o texto inteiro em uma questão como essa, vamos colocar, aqui, apenas os dois últimos períodos a que o enunciado faz referência:

“Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença."

O primeiro período apresenta a ideia de que o os olhos (sentido metafórico!) se gastam no dia a dia, isto é, na rotina diária. Isso faz com que nossa percepção dos fatos fique opaca, ou seja, não somos capazes de ver o que nos cerca para valorizar tudo como se deve. Em outras palavras, a rotina leva à falta de percepção das coisas.

O segundo período inicia-se pela expressão “é por aí”, e isso significa que a ideia apresentada no período anterior é entendida como a causa do que será apresentado.

O segundo período apresenta, então, a ideia de que a falta de percepção dos fatos (causada pela rotina) gera a indiferença, logo a indiferença é uma consequência da não percepção dos fatos.

>>> Resumido:
A rotina causa a não percepção.
A não percepção é consequência da rotina.
A não percepção causa a indiferença.
A indiferença é consequência da não percepção.

Vejamos cada alternativa dessa questão:

Em (A), afirma-se que a rotina é consequência da indiferença – (falso).
Em (B), afirma-se que a indiferença é a causa da falta de percepção – (falso).
Em (C), afirma-se que a ausência de percepção é causa da rotina –