Questão étnico-racial brasileira
A sociedade brasileira é complexa, plural, diversa e desigual. A nossa diversidade e pluralidade, não é visível somente através das diferentes culturas presentes na população, mas, sobretudo está relacionada à história do nosso país.
Diante das quatro posições com relação à presença de negros e indígenas na constituição da nacionalidade brasileira, quero ressaltar que em primeira instância o conceito de diversidade se estabelece entre o século XVI e XIX com a chegada dos europeus na África, Ásia e América. Relatos revelam que nesta época a cultura era elitizada e preconceituosa ante aos denominados “bárbaros”. Os ocidentais denominavam-se superiores, diferentes e com alto grau de cultura. De acordo o evolucionismo, as diversidades entre os homens eram vistas como fruto de uma evolução das sociedades, das mais primitivas às mais civilizadas. E foi através do evolucionismo que se desenvolveu o conceito de raça, para evidenciar e explicar as diferenças humanas.
Quanto à exclusão dos indígenas e dos negros na construção da nacionalidade brasileira, alguns pensadores evolucionistas destacaram-se com seus conceitos sobre evolução cultural brasileira. Dentre estes, Nina Rodrigues, Oliveira Viana e Silvio Romero influenciaram com relação à construção da nacionalidade brasileira e de certa forma seus conceitos nortearam por muitos anos a conduta e a concepção sobre os índios e sobre os negros. Nina Rodrigues, defendia a superioridade da raça branca sobre a raça negra, considerava que os povos africanos não eram civilizados e afirmou que a criminalidade existente na Bahia era devido à influência africana. Já Oliveira Viana elaborou uma escala racial, tendo na base os negros, acima os índios e no topo os brancos. Considera os negros e os índios como "raça bárbara" e os brancos como "raça pura e superior". Possuía