Quest o Social nas favelas de Belo Horizonte
A relaxão de questão social e habitacional estão interligadas, graças a questão social do trabalho.
A relação entre questão urbana e questão social tem sido explorada historicamente por diferentes autores. Essas questões dizem respeito à utopia do "viver junto" e às condições de proteção contra riscos no trabalho, que constituem o eixo da questão social. Nesse sentido, ambas as questões têm acompanhado os fundamentos sociológicos e as utopias da integração social e do vínculo social da modernidade, da perspectiva durkheimiana, as análises da economia política marxiana sobre as condições do trabalho e da reprodução social, ou ainda, a perspectiva política do contrato social e da cidadania, na compatibilização do interesse individual no espaço público, do ponto de vista da democracia liberal.
O que especifica essa relação são as implicações que a questão social do trabalho e da reprodução social, das desigualdades sociais e da pobreza, da participação cidadã e cívica têm sobre o território. Melhor dizendo, como as formas de produção social e material da vida e da participação política se distribuem e se expressam sobre o território urbano, forjando diferenças de acesso aos bens públicos, num território marcadamente desigual tanto em relação à distribuição da riqueza quanto às formas de apropriação do território e disciplinamento do seu uso e acesso.
Isso não significa um simples exercício de "localização espacial" das classes, mas supõe considerar as variáveis do território e do espaço como elementos intrínsecos da "questão social" e da complexidade como ela se estrutura nas sociedades urbanas. Dessa perspectiva, as periferias se constituem como lugares híbridos e heterogêneos de um cotidiano compartilhado por sujeitos que vivem na adversidade e na busca por justiça social e por direitos sociais e direitos sobre a cidade, como o acesso à moradia, à saúde, ao transporte, à educação e ao consumo cultural, que interagem e