Quem Foi Gil Vicente
Gil Vicente foi um grande dramaturgo, poeta, escritor, ator e considerado o pai do teatro de Portugal chamado de teatro vicentino, basicamente caracterizado pela sátira.
Foi casado duas vezes, teve cinco filhos, dos quais os mais conhecidos são Paula Vicente, que deixou uma fama de ser culta de uma forma incomum e Luís Vicente, que organizou a primeira compilação das obras de seu pai.
Acredita-se que ele nasceu em Guimarães (Portugal) por volta de 1465 e morreu Évora (Portugal) em 1537.
Sua carreira teve um inicio inusitado: por ocasião do nascimento do filho de D. Manuel e D. Maria de Castela (1502), ele entrou nos aposentos reais e, diante da corte surpresa, declamou um monólogo que tinha escrito em castelhano, o Monólogo do vaqueiro ou Auto da visitação, um texto sobre como um simples homem do campo expressava sua alegria pelo nascimento do herdeiro, desejando-lhe felicidades. A interpretação entusiasmou a corte, que lhe pediu a repetição na passagem do Natal.
Gil Vicente foi sem dúvida um homem que viveu um conflito interno, por conta da transição da idade Média para a Idade Moderna. Isso quer dizer que foi um homem ligado ao medievalismo e ao mesmo tempo ao humanismo, ou seja, um homem que pensa em Deus mais exalta o homem livre.
Ele critica a todo tempo a sociedade em geral, desde os membros das mais altas classes sociais até os das mais baixas, sem fazer distinção entre classes. Os membros da Igreja são alvo constante da crítica vicentina. É importante observar, no entanto, que o espírito religioso presente na formação do autor, jamais critica as instituições, os dogmas ou hierarquias da religião, e sim os indivíduos que as corrompem.
Suas obras com relação aos personagens podem-se dizer que eles são simbólicos, ou seja, simbolizam vários comportamentos humanos.
Suas principais e famosas obras são:
Auto da Alma
A Trilogias das Barcas
Auto da fé
Monólogo do Vaqueiro
Auto de São Martinho
Farsa do Velho da Horta