quando no s os mortos despertamos
Quando nós, os mortos despertamos. Henrik Ibsen
Trabalho da Disciplina de
Teoria Literária I
Thaís Dalanesi, 7194469. thais.dalanesi@usp.br 2015.
TEORIA LITERÁRIA
Thaís Dalanesi 7194469
Henrik Ibsen (1828 – 1906), dramaturgo norueguês possui uma vasta produção e com o passar dos anos seu estilo foi se modificando, no início suas primeiras peças eram de cunho nacionalista e grande influência romântica, passou para o realismo e ao final suas peças apontaram para uma estética mais simbolista. Quando nós, os mortos despertarmos é a última peça escrita pelo autor em 1899 e conta com um riqueza estética que não se permeia em qualquer movimento.
O título pensado anteriormente por Ibsen para a peça era O Dia da
Ressurreição, nome da obra em que Rubek criou junto com a modelo Irene e o deixou famoso. O primeiro ato inicia-se numa estação balneária, onde a
Senhora Maja e seu esposo Professor Arnold Rubek, escultor célebre, acabam de almoçar. Há uma ausência de comunicação entre os dois, pois a acomodação burguesa não os deixou felizes. A vida do escultor é tediosa, mas ao rever Irene parece que começa a ter um sentido diferente, Irene no primeiro momento está acompanhada de uma diaconisa (uma enfermeira pertencente à igreja protestante, uma espécie de guardiã porque a personagem apresenta delírios e precisa de cuidados).
Os personagens deste epílogo dramático, como chamou o próprio escritor, são preocupadas com seu universo interior, o individualismo é o único motivador que o fazem querer mudar, Arnold Rubek no primeiro ato se sente infeliz, inquieto, não tem mais criatividade para a arte, não contente com o que conseguiu, e a peça mostra claramente que seu problema não é financeiro. “Nossa casa, diz Rubek, é magnífica... Estamos instalados com um esplendor, um luxo que nada deixam a desejar. E tudo isso é vasto, é confortável.” “Não há dúvida, responde Maja, em matéria de bem-estar e de conforto nada nos falta.” É claro que o