Qualidade
DA QUALIDADE TOTAL: UMA REVISÃO CRÍTICA
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7 o GERENCIAMENTO DA QUALIDADE , TOTAL: UMA ,.., REVISAO CRITICA
cussão relativamente recente da qualidade aplicada a setores não-industriais. Na conclusão, aborda-se o ciclo de inovações gerenciais.
CRIANDO
UM QUADRO ANALÍTICO
THOMAZ WOOD JR. FLÁVIO TORRES URDAN
Um discurso corrente dá conta de que o movimento da qualidade foi a redenção do Japão do pós-guerra e deve ser uma prioridade nacional. Implantar um bom programa de qualidade seria suficiente para aumentar a os lucros e garantir a perenidade dos negócios. A felicicompetitividade, dade e a prosperidade ao alcance das mãos! Para evitar esse tipo de tratamento simplista, propomos, então, que o tema TQM seja aproximado através de um quadro de referências decomposto em dois níveis: o primeiro, mais amplo, refere-se à competitividade nacional; o segundo, no nível intra-organizacional, refere-se à questão das mudanças da organização do trabalho e dos paradigmas gerenciais. Tomemos o primeiro nível, utilizando a abordagem de Porter.1 Para ele, a condição de sucesso de uma empresa está na capacidade de inovação, tomada em sentido amplo, englobando da tecnologia às novas formas de gerenciamento. O autor propõe um modelo de quatro variáveis, interdependentes e interatuantes, para analisar o problema. São elas: a posição de urna nação em termos de infra-estrutura, educação, trabalho, recursos etc.; a existência de indústrias fornecedoras capazes e de competidores fortes; as condições relacionadas à estrutura econômica e empresarial do país e a existência de um mercado exigente e sofisticado. Percebe-se que no modelo de Porter a qualidade, no sentido amplo, permeia todos os elementos. Deve ser entendida como variável endógena do sistema, sem predominância sobre as demais. Contudo, o tema tratado não é a qualidade em geral, mas o conceito de Gerenciamento da Qualidade Total, o que nos leva ao segundo nível, mais restrito, de