Quais as diferenças entre o estado de natureza em Hobbes e Locke?
Hobbes mostra em sua reflexão sobre o Estado de Natureza, que a natureza fez os homens iguais, por mais que alguns possuam um corpo mais avantajado ou um espirito mais vivo. Mas isso não obstruía uma pessoa mais fraca de prejudicar um individuo mais forte, se aliando a outros indivíduos ou descobrindo outros meios de conquistar seus objetivos. Em relação ao espirito, ele refere-se à inteligência, o autor elucida que há homens mais sábios que outros e que essa diferença será aceita por ambos os indivíduos.
Se no Estado de Natureza hobbesiano, dois homens desejam o mesmo objeto e se isso não pudesse ser compartilhado entre eles, então os homens se tornariam inimigos não se importando com os recursos necessários para a conquista de seus fins. Os homens não desistem de suas paixões fazendo tudo para alcançar seus objetivos. O Estado de Natureza de Hobbes é baseando em um ambiente de guerra. “Uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. Pois a guerra não consiste apenas na batalha, ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tempo durante o qual a vontade de travar uma batalha é suficientemente conhecida” (Hobbes, Leviãta, p 109). Esse ambiente fazia com que os homens vivessem desconfiados uns dos outros. Essa discórdia possui três causas principais: a competição entre os indivíduos, que ocorre embates para a adição de algum beneficio visando o lucro; a desconfiança gerando assim as guerras, pois os homens querem manter sua sobrevivência ou algo que arriscaria a segurança; a glória, para ter uma reputação social maior e melhor perante os outros. No Estado de Natureza não havia a consolidação de uma liberdade, nem uma sociedade e consequentemente não tinha um Estado. Para Locke compreende o Estado de Natureza como um “estado de liberdade” e igualdade natural entre os homens mostrando que todos os homens são iguais e independentes, e discordando que fosse um “estado de guerra”. A