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Malinowski
Ele é considerado um dos fundadores da antropologia social. Fundou a escola funcionalista.
Sem dúvida, a principal contribuição de Malinowski à antropologia foi o desenvolvimento de um novo método de investigação de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na Austrália, inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das Ilhas Trobriand (1915-16 1917-18). Fez dele um inovador na forma em coletar dados de campo, a partir dele a pesquisa social adquiriu um caráter mais envolvente com o objeto de pesquisa estudado e o pesquisador passou a participar diretamente do cotidiano social observado.
Malinowski observou o campo sob domínios de conhecimento advindos da psicologia, da economia, da religião, da sexualidade, entre outros saberes das ciências humanas. Essa característica própria de tentar tratar de tantos assuntos ligados à vida do homem no meio social advém de um longo tempo de trabalho etnográfico.
Como teórico, é considerado o fundador do funcionalismo, escola antropológica que pretende analisar as instituições sociais em términos de satisfações coletivas de necessidades, considerando cada sociedade como um sistema fechado e coerente; por este motivo se opõe a aplicação reducionista do pensamento evolucionista da época. Todavia Malinowski atribui investigações antropológicas funcionais na época evolucionista. Assim, as considerações de Malinowski levam a crer que ele não se situa como o pai do funcionalismo, mas como o pioneiro de um “Funcionalismo Etnográfico” ou “Etnografia Funcionalista” na antropologia. Segundo Malinowski o funcionalismo preocupa-se com a clareza dos fenômenos naturais, antes que estes sejam submetidos a manipulações especulativas posteriores.
Com Malinowski, a “antropologia” se torna uma “ciência” da alteridade que vira as costas ao evolucionista das origens da civilização e se dedica ao estudo das lógicas de cada cultura.