direito
Para o autor, o homem que trabalha é tido como um zero social, a ponto de não ter sua individualidade reconhecida, mas apenas seu trabalho, como produto a ser fruído pelas demais classes. De forma ríspida o autor afirma que os homens desta classe, em sua maioria, operários, trabalhadores braçais, confundem-se com as próprias ferramentas que operam. Não sendo sujeitos de desejos, vontades, e limitados aos exatos termos a que sua classe poderia oferecer.
A forma com que estes homens são expostos pelo autor, revela uma sociedade discriminatória, classista, onde estes não passam dos produtos que produzem para consumo das demais classes. Devendo aceitarem o que lhes seria destinado em razão do berço em que nasceram, como se não fosse a eles possível a ascensão social, já que as cadeiras que poderiam ocupar se restringem às próprias da classe que ocupam, não tendo aptidão para conquistar outras.
Neste cenário ignora-se por completo a aptidão, as habilidades pessoais de cada um. Os homens são tratados indistintamente por pertencerem à classe trabalhadora. Em uma visão atual, observa-se que existe atualmente pensamentos neste sentido, de que o berço limitaria as possibilidades da classe menos favorecida economicamente, sendo comum ouvir a frase “pobre não precisa estudar”. Observa-se, no entanto, que esta realidade vem ganhando novos contornos, sendo cada dia mais rotineiro ver que filhos de operários se tornam profissionais de categorias ditas privilegiadas, tais como médicos e engenheiros.
Da mesma forma, os ricos seriam ricos pela condição de seu nascimento. Já nasceriam com títulos e reconhecimento social, pessoas portadoras da elegância, uma vez que nascidos com ela. Não