Quadro Social Brasileiro
Fazer um retrato da sociedade brasileira atual não é fácil. Exemplo clássico são os efeitos da escravidão, que teria se transformado num "vírus" inoculado nas relações sociais, como se vê bem no mercado de trabalho.
Mas não é possível ignorar as imensas transformações ocorridas nas últimas décadas. Urbanização, democratização e ampliação dos serviços públicos são algumas das mudanças recentes.
No cenário complexo em que vivemos, o maior consenso é que o grande enigma do Brasil encontra-se na persistência da desigualdade, a despeito das diversas ações contra ela.
E, hoje, ainda sofremos um processo de negação dos direitos sociais arduamente conquistados, na medida em que prospera a defesa de um “Estado mínimo”, que abandona o povo à sua sorte e que reduz a cidadania às liberdades civis e políticas, mantendo, emcontrapartida, os privilégios dos “de cima” e a brutal carência de direitos dos “de baixo”.
Transformações na sociedade europeia após a
Revolução Francesa e Revolução Industrial
A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia como classe social dominante, superando a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação de novas instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e social que iriam se expandir para todo o planeta. Com ela, o capitalismo rompeu os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa
Ocidental,
juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial. Todos os homens poderiam exercer o poder. Mas para isso era necessário criar instituições que garantissem esse exercício. Nesse sentido, a
República foi a principal dessas instituições. Ela representava o fim dos privilégios da aristocracia e a libertação dos camponeses dos laços de servidão que os prendiam à nobreza e ao clero. Nas cidades, tinham fim as corporações feudais que limitavam os negócios da burguesia.
Já com a Revolução Industrial, a sociedade foi