Pós-modernidade
Todas as sociedades produzem estranhos, cada uma de sua maneira, o capitalismo, o socialismo, etc. Na época atual ninguém esta seguro disto, excluímos por medo de sermos excluídos. O Estado soube proclamar que todos outros Estados de coisas são a desordem, o caos, esse é o Estado moderno. Os estranhos exalam incerteza onde a certeza, por isso nessa guerra há duas alternativas: aniquilar os estranhos, devorando-os (tornar a diferença semelhante); ou então banir os estranhos (estratégia de exclusão), ou seja, expulsar os estranhos para os guetos, ou destruir os estranhos. O que fizemos na modernidade foi os dois, excluímos e destruímos, pois o estranho é visto como anomalia, isso é o que chamamos de modernidade tardia, ou pós-modernidade. O projeto da modernidade era de livrar o indivíduo de uma identidade herdada, cada um é livre para adquirir a identidade que quiser, como projeto de vida.
Essa liberdade nos prepara a vida para uma condição de incerteza. A desordem do mundo é visto, por exemplo, na política dos blocos de poder, por falta de coerência e direção. Hoje em dia os paises mais ricos do mundo aflitos enfrentam o resto do mundo subdesenvolvido. A incerteza nos leva também a irracionalidade, a cegueira moral da competição, vista no mercado. Toda razão não econômica é repudiada, outrora era detido pelas estruturas do estado de bem-estar, através de direitos sociais. Percebemos os reflexos nas desigualdades entre países, e até mesmo dentro dos países. No mundo atual pouca coisa é sólida, tudo é incerto, a regra agora é apostar no futuro, assim como odiar e temer o estranho. A diferença entre os incluídos e o excluídos é vista hoje em dia como inevitável, e mais que isso, é visto como uma coisa boa (é como se pensássemos, é preciso que tenha o excluído, pois quem vai engraxar meus sapatos se eles deixarem de