Pós graduação
POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCEPÇÕES DE GESTORES E USUÁRIOS
Aluna: Aline Félix de Almeida
Orientadora: Vera Marisa F. M. Hirata
Curso: Saúde Pública com ênfase em saúde da família
RESUMO
As políticas da saúde no Brasil se orientam a partir da Constituição Federal de 1988, tendo como princípios doutrinários a universalidade, a equidade e integralidade. Mas a realidade do sistema de saúde no país não reflete estes princípios. O que se apresenta na realidade é a discriminação e a desigualdade na distribuição desse bem social. Assim, as questões concretas do cotidiano da gestão pública em saúde nos levam a uma reflexão sobre as concepções dos usuários deste sistema e dos profissionais que atuam nele.
PALAVRAS - CHAVE: 1. Políticas públicas; 2. Saúde pública; 3. Idoso; 4. Profissionais da saúde.
1. INTRODUÇÃO
A miséria, a violência, a fome, o desemprego, a falta de moradia, educação insuficiente, os baixos salários e falta de oportunidades para lutar pela vida são realidades que fazem parte do cotidiano no nosso país. Somado a tudo isso está o nosso sistema de saúde que é mais um dos componentes desse sistema social injusto e excludente.
A saúde exerce papel importante no desenvolvimento do país. Mas no Brasil, o sistema prima por privilegiar a recuperação da saúde da mão-de-obra empregada, produtiva. Assim, fica evidente o descaso com as pessoas que estão fora desse processo produtivo, como os idosos, crianças e deficientes.
No Brasil, as políticas públicas de saúde se orientam conforme a Constituição Federal promulgada em 1988, pelos princípios doutrinários de universalidade, em que todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc, deixando de existir com isto os “indigentes” que eram os brasileiros não incluídos no mercado formal de trabalho; eqüidade, em que todo