Pós graduação
COMUNICAÇÃO, CULTURA E GESTÃO EDUCACIONAL
JOÃO AUGUSTO GENTILINI*
RESUMO: O artigo objetiva, a partir das reflexões sobre a Indústria
Cultural e a racionalidade dominante na sociedade industrial, feitas pelos filósofos da Escola de Frankfurt, discutir o modelo predominante de gestão das organizações e a possibilidade de se pensar em uma teoria e um modelo de gestão fundamentado na teoria comunicativa proposta por aquela escola de pensamento e sua aplicação às organizações educacionais. Parte de alguns pressupostos para a formulação de uma teoria de gestão, como visão da organização, comunicação, poder e autoridade, na ótica da racionalidade técnica e instrumental para chegar, ao final, a um modelo de gestão em que estes mesmos pressupostos aparecem sob a racionalidade comunicativa.
Palavras-chave: Indústria Cultural, Racionalidade, Organização, Comunicação, Gestão Educacional.
O objetivo deste artigo é verificar se na discussão sobre Indústria
Cultural e educação é possível encontrar elementos que possam fundamentar um modelo de gestão de organizações educacionais. Desde os críticos anos
80 e com desdobramentos em toda a década posterior, tem-se colocado a necessidade de se rediscutir os modelos tradicionais de gestão e planejamento da educação. Verifica-se, dessa forma, o surgimento de uma diversidade de tendências que, embora não tenham ainda superado o plano teórico, apontam para a construção de modelos inovadores aparentemente mais adequados às transformações que estão ocorrendo em todos os setores da sociedade.
Não tenho a pretensão de estabelecer uma “nova tendência” neste campo, mesmo porque necessitaria de dominar todo o saber acumulado em matéria de teorias e práticas de gestão e planejamento educacional. Manifesto, entretanto, a posição de que em matéria de gestão – como em todo
* Professor-Assistente Doutor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Estadual Paulista
(Unesp/Campus de Araraquara).