Em uma escola paulista, numa classe de primeiro ano, foi constatado que dos vinte e cinco alunos, nove deles apresentavam nomes estrangeiros, tais como Robert, Keteni, Tarik, Hellen, Deivid, Whaytney, Yago, Alifi, Patrick. É muito provável que esse fato seja uma influência da chamada "globalização", que está levando as pessoas a perderem contato com suas próprias raízes e valores da cidade onde nasceram e do país onde vivem. Perdendo a identificação, as pessoas estão sentindo-se "cidadãs do mundo", do planeta Terra, e por isso, dentre outras reações, estão utilizando nomes estrangeiros em seus filhos. Esta conscientização, cada um sentindo-se parte de uma única espécie humana, os "terráqueos", foi chamada por Cícero de "Conscientia hominum", aquele sentimento de fraternidade entre todos os seres humanos do planeta. Não se nega que este sentimento é importante para buscar a paz entre todos os povos que vivem no planeta, independente de qual região ou país cada pessoa tenha nascido. Apesar da globalização estar levando cada um a sentir-se "cidadão do mundo", cada pessoa tem identificação com algum lugar do planeta, com alguma cidade onde nasceu, Estado e País. O "chão do mundo individual" é o seu país, é a sua Pátria e ela tem um corpo, um território, e uma alma, o seu povo, a sua língua, os seus costumes, a sua cultura, a sua bandeira nacional, etc. Já dizia Rui Barbosa: "A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo. A Pátria não é ninguém, são todos" (é cada um, você eu e os outros) "é o céu, o solo, o povo, as tradições culturais, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas se esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo."