Pára-Raios

Pára-Raios

Introdução

As linhas de transmissão e redes aéreas de distribuição urbanas e rurais são extremamente vulneráveis às descargas atmosféricas que, em determinadas condições, podem provocar sobretensões elevadas no sistema (sobretensões de origem externa), ocasionando a queima de equipamentos, tanto os da companhia concessionária como os do consumidor de energia elétrica. Para que se protejam os sistemas elétricos dos surtos de tensão, que também podem ter origem durante as manobras de chaves seccionadoras e disjuntores (sobretensões de origem interna), são instalados equipamentos apropriados que reduzem o nível de sobretensões a valores compatíveis com a suportabilidade desses sistemas. Esses equipamentos são chamados de pára-raios. Os pára-raios são utilizados para proteger os diversos equipamentos que compõem o sistema de energia elétrica, tais como: transformadores de distribuição, reguladores, disjuntores e etc, desviando para a terra os surtos de alta tensão oriundos de descargas atmosféricas, manobras de chaves ou condições anormais nos circuitos a que estão ligados estes equipamentos. Os pára-raios limitam as sobretensões a um valor máximo. Este valor é tomado como o nível de proteção que o pára-raio oferece ao sistema.

- Classificação dos Pára-Raios. Os Pára-Raios podem ser classificados de acordo com os seguintes parâmetros, com base na NBR 5424:

Classe estação: 20, 15, 10kA (serviços leve) e 10kA (serviços pesados);
Classe distribuição: 5kA séries A e B;
Classe secundária: 1,5kV.

Segundo a NBR 5424 Guia de aplicações de Pára-raios em Sistemas de Potência, pode-se acrescentar:

Em sistemas de até 230kV, os pára-raios de 10kA asseguram melhores níveis de proteção. Em seguida, vêm os pára-raios das classes de 5kA, série A, e, por fim, os pára-raios de 5kA, série B;
Como regra geral, os pára-raios de 10kA são aplicados a sistemas acima de 69kV, e a subestação de sistemas de