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Toda a popularização só foi possível através dos avanços tecnológicos na área da micro-informática. No início da década de 70, o desenvolvimento do microprocessador tornou viável o surgimento do computador pessoal. De certo modo, diferente do contexto em que surge a internet, a micro-informática tem seu grande estouro influenciada não pelas forças tecno-militares, mas sim pela contracultura americana, traçando um caminho inverso ao do poder tecnocrático vigente. Segundo Lemos (2002: 107), essa geração, que mantinha os laboratórios em suas garagens, tinha como lema o ideal de ``computadores para o povo'' (``computer to the people''). Diferente da idéia de que tais máquinas eram engenhocas destinadas a operacionar nos ambientes frios das empresas ou na nas linhas de produção das grandes indústrias, o computador passou a figurar também como um multi-instrumento para os mais variados objetivos imagináveis e inimagináveis. Ele agora poderia estar dentro do lar de qualquer um que tivesse a oportunidade de arcar com os altos custos para a compra de um modelo. O micro passou a ser sinônimo não só de trabalho com cálculos, mas sim de uma ferramenta de criação, comunicação e entretenimento.
``A formação da micro-informática deve-se ao desenvolvimento de domínios científicos a partir dos anos 40: a cibernética (1948), a inteligência artificial (1956), a teoria da auto-organização e de sistemas (dos anos 60), a tecnologia de comunicação de massa (rádio, televisão e telefone) e telemática (de 1950)''. Lemos (op. cit.).
Paralelo à popularização dos PCs (Computadores Pessoais), em 1984 a web definitivamente deixou de ser destinada para uso militar sendo aberta para universidades e órgãos de pesquisa nos Estados Unidos. Desde então, um número cada vez maior de pessoas, não só na América do Norte, mas como em muitos outros países mundo afora, passaram a trocar informações via internet. No começo da década de 80,