PVC Mercado Consumidor
Ebulição do consumo de PVC, principalmente pela construção civil, faz com que Brasil tenha que importar a resina para conseguir atender a demanda interna.
Enquanto alguns setores da cadeia do plástico cogitam parar a produção por causa dos preços das resinas praticados no Brasil e passar a importar produtos acabados, principalmente do mercado chinês, o policloreto de vinila (PVC) vive um período de ebulição, principalmente por ter uma vantagem em relação às outras resinas, já que apenas 50% de sua constituição depende da nafta. A demanda fez com que a taxa de importação das resinas termoplásticas em geral chegasse a mais de 60% no primeiro semestre. "A demanda por PVC está crescendo de forma exagerada e a produção doméstica não atendeu a demanda, o que acabou puxando esse número para cima", explica o sócio diretor da consultoria especializada em petroquímica Maxiquim, Otávio Carvalho.
O aquecimento da construção civil no Brasil e o momento extremamente otimista vivido pela indústria automobilística trouxeram um ótimo cenário para o PVC. Com o crescimento previsto de quase 10% em 2008, o consumo aparente da resina será de cerca de 900 mil toneladas. Neste ano, a produção nacional, que está nas mãos da Braskem e da Solvay Indupa, não chegará a 800 mil toneladas. Mas a boa notícia para os fabricantes é que o consumo per capita do brasileiro tende a crescer ainda mais, fato que viabiliza novos investimentos. Nos Estados Unidos, essa taxa é de aproximadamente 16 quilos, um número quase quatro vezes maior do que o registrado no Brasil. "Esse gap irá se recuperar nos próximos anos, oferecendo oportunidades interessantes para o crescimento industrial", afirma Augusto Di Donfrancesco, CEO da Solvay Indupa.
Por conta do preço mais acessível, o PVC faz muito sucesso em países emergentes. No entanto, no mercado brasileiro de PVC, a China também já começa a incomodar. "Eles são os maiores produtores e