Pulgões
Estado do Amapá
O conhecimento sobre a diversidade de pulgões para as condições brasileiras, especialmente na Amazônia, é bastante escasso, embora exista uma vasta bibliografia sobre ocorrência, danos, hospedeiros e controle das espécies de maior importância agrícola nas regiões Sul e Sudeste.
Os pulgões, ou afídeos, pertencem à superfamília Aphidoidea, sendo a família Aphididae a mais comum, com aproximadamente 4.000 espécies, presentes no mundo inteiro.
A distribuição deste grupo reflete a grande habilidade que possuem em sobreviver em condições climáticas adversas
(Dixon, 1987).
Os afídeos são considerados na actualidade um grupo de insetos de grande importância agrícola em termos mundiais, em função da sua distribuição, dos seus danos directos e principalmente indirectos (Peña-Martínez, 1992). Os danos directos são provocados pela simples alimentação nas plantas. Os afídeos, típicos sugadores, se nutrem da seiva das plantas hospedeiras provocando o murchamento generalizado, encarquilhamento das folhas e a paralisação do desenvolvimento das mesmas
(Vendramim & Nakano, 1981; Godfrey et al., 2000). Já os indiretos são de origens diferentes, em parte ocasionados pelo excesso de açúcares que excretam, chamado de “honeydew”, formando um meio rico para a ocorrência de fungos saprófitas
(Capnodium sp.), dificultando a respiração e a fotossíntese das plantas (Peña-Martínez, 1992; Godfrey et al., 2000), e em parte pela capacidade de transmitir e disseminar vírus fitopatogênicos, quer seja pelo número de vírus que são capazes de transmitir, quer seja pelo número de espécies de afídeos envolvidos.
Os afídeos são insetos de corpo mole, pequenos, com comprimento variando de 0,5 a 10 mm, com o formato do corpo variando de circular à fusiforme. Os adultos podem ser alados ou ápteros (Fig.1). Afídeos imaturos, chamados de ninfas, se parecem com os adultos, sendo, no entanto, menores e ápteros. Sua