Puericultura e educação infantil
A educação de crianças tem se tornado cada vez mais complexo na medida em que os meios de comunicação, na mesma proporção em que criam uma cultura globalizada capaz de padronizar comportamentos e modos de vida acentuam as diferenças sociais existentes.
Fazendo com que aqueles sujeitos – nesse caso, crianças – que pertencem a etnias, classes sociais, cor, sexo e corporeidade diferentes passam a conviver com a exclusão social. Tudo isso vai exigindo dos professores e da escola a proposição de novas metodologias de ensino que atendam a diversidade de crianças em salas de aula, e encontre formas democráticas de trabalhar respeitando as contradições existentes na escola.
Este texto tem como objetivo apresentar dados de uma pesquisa em desenvolvimento sobre a exclusão/inclusão de crianças tidas como “diferentes” no interior das escolas. A pesquisa tem por finalidade perceber as concepções à cerca da diferença e como são desenvolvidas práticas educativas que permitam a inclusão destes sujeitos. O problema situa-se no argumento de que as iniciativas de inclusão na escola não devem preocupar-se somente com as crianças portadoras de deficiências, mas com todas as que estão fora dos contextos educativos por pertencerem a culturas diferentes. A metodologia para a coleta de dados envolve pesquisa de campo, estudos teóricos e observação aleatória em salas de aula. Autores com Godoi (2006), Mantoan (2003), Mazzotta (1987), Oliveira (2004) dentre outros nos ajudam a refletir sobre a questão em tema. Consideramos que a discussão ainda é recente, por isso ainda tem muito a aprofundar, mas também consideramos que a questão da exclusão de crianças “diferentes” em salas de aulas precisa ser enfrentada.
PERIODO DA INFÂNCIA E CONCEPÇÃO DE INFANCIA E DE CRIANÇA
A forma como a infância foi sendo concebida ao longo dos séculos, até os dias atuais, é fruto de diversas críticas, debates e, conseqüentemente, de estudos que vêm sendo aprofundados constantemente.
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