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Voltando na história, percebemos que o homem do século XX estava preso a concepções do século XVIII, quanto à organização e aos objetivos de um Estado Democrático. Havia a necessidade de eliminar o absolutismo dos monarcas, que sufocava a liberdade dos indivíduos e mantinha em situação de privilégio uma nobreza ociosa, isso acabou gerando uma concepção individualista da sociedade e do Estado.
A realização de valores individuais tornou-se a aspiração máxima e para isso era preciso conter o poder político estruturando de seus organismos, freando o poder do Estado e assegurando o mínimo de ação estatal, deixando os indivíduos com a sua própria promoção de interesses.
A República surgiu no século XVIII, simbolizando o governo popular. Então no século seguinte, concentra-se maior autoridade nos corpos legislativos, como garantia contra os governos absolutos, surgindo o problema da representação.
Os representantes de início eram originários de uma classe economicamente superior, não havendo problemas maiores. Porém, com o industrialismo, grandes massas de trabalhadores se concentraram nas cidades, e o capitalismo individualista acabou forçando-as a uma ação política.
Movimentos proletários organizaram-se para a conquista do poder ou a participação nele, mas a dificuldade era a forma de integração das massas operárias, gerando conflitos frequentes, o que tornou o processo legislativo lento e tecnicamente imperfeito, levando ao descrédito do sistema representativo.
A maior consequência disso foi a conclusão de muitos autores e lideres de que o povo era incapaz de participar do processo politico, tanto na compreensão dos problemas estatais quanto na escolha dos governantes. Assim, sua participação foi considerada inconveniente. Isto gerou um conflito, pois a exclusão do povo seria antidemocrática.
A liberdade como maior valor requerido tornou-se causa de contradição, pois, uma vez assegurada, traria todos os outros