Psicopedagogia hospitalar
A oferta da educação nas classes hospitalares tem sido gradativamente ampliada. Reconhecido como um direito da criança e do adolescente internados, simultaneamente ampliando o conceito de aprendizagem e possibilitando que esta ocorra no ambiente hospitalar, o governo estadual, por meio das Secretarias Estaduais de Educação, tem canalizado esforços para tornar a prática cada vez mais reconhecida. No entanto, a formação do profissional que atua nesse contexto, o professor, parece não ter evoluído paralelamente ao crescimento do número de classes hospitalares.
Com formação em Pedagogia ou magistério, as professoras esforçam-se para atender a um público diversificado e com necessidades particulares. Ao buscarem a formação continuada para tentar suprir a carência de sua formação inicial em relação à demanda da instituição, as professoras, muitas vezes, desanimam, pois boa parte dos cursos procuram abranger assuntos gerais, para atender às necessidades de grande parte do quadro de professores da rede estadual de ensino. Assim, além de permanecerem com suas dúvidas, continuam sem interlocutores para compartilhar suas indagações e angústias.
Dessa maneira, ao identificarmos a lacuna que existe entre a formação inicial e as necessidades com que as professoras deparam na rotina da classe hospitalar, verificamos a possibilidade do exercício da Psicopedagogia, na medida em que o psicopedagogo pode oferecer uma formação específica a esses profissionais, contribuindo para uma construção que articule conhecimento e formação pessoal, dando maior ênfase ao último elemento. Em relação ao primeiro (conhecimento), esse profissional poderá contribuir para a formação e atuação do docente da classe hospitalar, levando-o a refletir sobre seu papel, que não pode ser definido como de professor de sala regular de ensino , devendo ensinar todos os conteúdos determinados no currículo de cada escola,