Psicopatia: João Acácio
O bandido da luz vermelha, como ficou conhecido João Acácio Pereira da Costa nasceu em São Francisco do Sul, Santa Catarina. E foi nesta mesma cidade que perdeu sua mãe, quando tinha apenas 4 anos, e seu pai, aos 8 anos de idade. Depois de viver com alguns parentes, este, por sua vez, veio a morar na rua, decorrente das circunstâncias.
João Acácio começou com pequenos furtos, ao qual o fazia, como meio de sobreviver. Durante os furtos que praticava usava um macaco hidráulico, para arrombar as grades das mansões. E durante um de seus assaltos foi surpreendido com as vítimas acordadas, e nesta situação fazia uso de um farolete com luz vermelha.
Devido ao fato, a imprensa o nomeou como “o bandido da luz vermelha”, a versão brasileira de Caryl Chessman. Em algumas ocasiões obrigava as vítimas a ter relações sexuais. João Acácio foi condenado por 88 crimes, entre eles 4 assassinatos, 7 tentativas de homicídio e 77 roubos. Suspeita-se que estuprou mais de cem mulheres.
Depois de julgado foi considerado semi-imputável.
De acordo com os especialistas, responsáveis pelo seu laudo médico para o processo de acusação, João Acácio deveria ser encaminhado a uma "casa de custódia" para submete-lo a medidas reeducativo-penais com a perspectiva de reversibilidade dos distúrbio sem sua personalidade. A liberdade passa a ser vinculada a "cura", paradoxalmente obtida pela supressão dessa mesma liberdade, pelo confinamento. A definição de João Acácio como semi-imputável colocava-o em uma zona indistinta entre a loucura e a delinqüência, disponibilizando seu corpo tanto para a instituição prisão quanto para a instituição manicômio. Os saberes psiquiátricos, não definem o destino do Bandido da Luz Vermelha, deixando a via aberta, em seu laudo final, para os dispositivos jurídicos e psiquiátricos decidirem ulteriormente seu futuro:
"Tudo leva a crer que diante de uma nova oportunidade qualquer deve-se esperar antes nova reincidência antes que recuperação. Isto não