Psicomotricidade
Inicialmente, quero esclarecer que tal fala propõe reflexão e decisão nossa, de educadores e educadoras, em buscarmos trabalhar de modo dialogado, estimulando os educandos e educandas a compartilharem a palavra conosco e entre eles. Entendo que nós, educadores e educadoras, devemos estimular a curiosidade, a participação e a autonomia dos educandos e educandas, voltando-nos a construção do plano de ensino e das aulas de maneira compartilhada com a comunidade escolar (mães e pais ou responsáveis, educandos/as, educadores/as de diferentes componentes curriculares, diretores/as, coordenadores/as pedagógicos, merendeiras, zeladores/as, enfim, de todos/as envolvidos/as) de maneira compromissada e respeitosa e ao mesmo tempo descontraída e alegre. Compreendemos tal compartilhar como fundamental para o desenvolvimento de cada um e do grupo, nos possibilitando o contínuo vir a ser, já que somos seres incompletos e inconclusos, que nos fazemos e refazemos no mundo no diálogo com os outros, conforme nos apontam Freire (2005a, 2005b), Merleau-Ponty (1996) e Sérgio (1999). Como educadores e educadoras, devemos ter esperança de que podemos ensinar e produzir em conjunto, na perspectiva de “trocar o falar para pelo falar com” (FREIRE, 2005b, p.28) aos nossos(as) educandos(as), para superar e resistir aos obstáculos com perseverança e alegria. Compreendo o ser humano como ser integral e dotado da possibilidade de transcendência (de ser mais), assim, prefiro não me reportar a idéia fragmentada passada pela expressão “educação física” proposta pelo médico e filósofo inglês iluminista John Locke (16321704), ao propor a educação intelectual, moral e física, com óbvia visão dualista, pois para ele, apenas após a séria ocupação do estudo é que o sujeito deveria entregar-se a exercícios que relaxassem o corpo e confirmassem a saúde e a força3, reafirmando a divisão do ser em corpo e