Psicológia instintucional e o processo grupal
6043 palavras
25 páginas
PSICOLOGIA INSTITUCIONAL E PROCESSO GRUPAL Por psicólogo Geofilho Ferreira Moraes
CRP-12/10.011
dData: 02 de agosto de 2011
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O. e TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia (13ª ed.). São Paulo: Saraiva, 2000. (T2)
Psicologia institucional e processo grupal. A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo. Estamos o tempo todo nos relacionando com outras pessoas. Mesmo quando ficamos sozinhos, a referência de nossos devaneios são os outros: pensamos em nossos amigos, na próxima atividade — que pode ser assistir a aula de inglês ou realizar nova tarefa no trabalho (que, provavelmente, envolverá mais de uma pessoa); pensamos no nosso namoro, em nossa família. Raramente encontraremos uma pessoa que viva completamente isolada, mesmo o mais asceta dos eremitas levará, para o exílio voluntário, suas lembranças, seu conhecimento, sua cultura. Por encontrarmos determinantes sociais em qualquer circunstância humana (1), podemos afirmar que toda Psicologia é, no fundo, uma Psicologia Social. Talvez seja por isso que nossas vidas encontram sempre uma certa regularidade, que é necessária para a vida em grupo. As pessoas precisam combinar algumas regras para viverem juntas. Se estiver num ponto de ônibus às sete horas da manhã, eu preciso ter alguma certeza de que o transporte aguardado passará por ali mais ou menos neste horário. Alguém combinou isso com o motorista. Dependemos do outro em nosso cotidiano. Um funcionário precisou abrir o portão da escola, cujas dependências já estavam devidamente limpas; um professor nos espera; ao chegar à escola, encontro colegas que também têm aulas no mesmo horário. A esse tipo de regularidade normatizada pela vida em grupo, chamamos de institucionalização. Dada a importância da vida dos grupos (e em grupo) e do processo de institucionalização, estes dois temas têm se destacado ultimamente no campo da Psicologia Social.
(1). Silvia Lane é a autora contemporânea