estatisticas
Instrumentação e conhecimento dos profissionais da equipe saúde da família sobre a notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes Training and knowledge of professionals of the health family team on reporting mistreatment of children and adolescents
Gracyelle Alves R. Moreira1, Aline Araújo Vasconcelos2, Lívia de Andrade Marques2, Luiza Jane E. S. Vieira3
Resumo
Objetivo: Analisar a instrumentação e o conhecimento dos profissionais da Equipe de Saúde da Família sobre a notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes.
Métodos: Estudo de corte transversal realizado em três municípios do Estado do Ceará, de janeiro a abril de 2012.
Participaram da pesquisa 51 profissionais: médicos (9), enfermeiros (26) e cirurgiões-dentistas (16) que trabalhavam na Estratégia Saúde da Família. Utilizou-se um questionário para a coleta, e os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e analítica por meio da aplicação do teste do qui-quadrado de Pearson, sendo significante p≤0,05.
Resultados: Na amostra selecionada predominaram profissionais que não haviam participado de treinamento na área de violência contra crianças e adolescentes (86,3%), conheciam o Estatuto da Criança e do Adolescente (90,2%) e conheciam a ficha de notificação de maus-tratos (62,7%).
A maioria afirmou que a unidade de saúde possuía a ficha
(70,5%) e que sabia para qual lugar encaminhar as vítimas
(82,3%). Prevaleceram os profissionais que não se depararam com situações de maus-tratos (62,8%); dos 37,2% que já tinham identificado algum caso, 60,0% relataram as ocorrências. Houve associação significante (p=0,035) entre o ato de notificar e a participação do profissional em treinamento sobre o tema.
Instituição: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Acidentes e Violência
(NEPAV) do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da
Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, Brasil
1
Mestre em Saúde Coletiva pela UNIFOR, Fortaleza,