fichamento
PACIOLI, Luca. Um mestre do Renascimento. Antônio de Sá. 2 ed. rev. e amp. Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2004. 196 p.
Trata da partida dobrada, que evoluiu na Itália em uma era de início dos chamados “Anos de Ouro”. Para entender a obra de Frei Luca é preciso que nos inteiremos do que Veneza de fato significou. Veneza possuiu a simpatia e a isenção tributária dos orientais. A febre da agitação mercantilista facilitou a expansão dos procedimentos contábeis, criando terreno propício para a ampla difusão das partidas dobradas. As contas, como instrumentos de registros, já haviam nascido como primeiras manifestações inteligentes do homem, tão logo o conceito de patrimônio se formou, para exprimir algo amealhado no intuito de suprir as necessidades humanas. A evolução para o débito e o crédito, todavia, tão como a reunião sistematizada de fatos, só mais tarde, em estágio bem mais evoluído, o homem criaria os números abstratos. Foi, pois, em uma das mais antigas civilizações, que se deram os grandes passos evolutivos na técnica dos registros contábeis. Admite-se que a obra de Leonardo Fibonacci, tenha exercido rara influência sobre o desenvolvimento da escrita contábil. Pacioli foi autor da obra que primeiro divulgou o processo das Partidas Dobradas. Um fato curioso histórico deu-se quando nasceu Pacioli: o ducado dos Sforza ia à falência, por uma “magnificência alérgica a qualquer preocupação com a Contabilidade”, sendo salvo pelos toscanos “Medici”, que não só eram banqueiros, mas possuíam excelentes controles contábeis. O Frei escreveu diversas obras, todavia, a que o imortalizou como grande gênio foi a “Summa”, que tem imensa virtude de romper a inércia e de abrir as portas para que, no século seguinte, muitos tratadistas, em toda a Europa, se interessassem em escrever sobre assuntos da Contabilidade. Sua obra causou raro sucesso em seu tempo, contudo, isso só confirma o sucesso da edição que inaugura uma nova fase histórica