Psicologia
Autora: Elaine Mendes Vilas Bôas.
Esse artigo tem o objetivo de focalizar a abordagem psicanalítica de Donald Wood Winnicott, este se preocupou em construir uma teoria do desenvolvimento emocional do ser humano a partir de seu nascimento, e demonstrar que nos primeiros meses de vida do bebê o ambiente é fundamental para a maturação saudável do individuo.
Donald Woods Winnicott formou-se como médico pediatra, entretanto, ao atender crianças com graves distúrbios nervosos resolveu especializar-se em psicanálise infantil. A teoria de Winnicott dá ênfase ao ambiente físico e psíquico em que o bebê é inserido ao nascer, e na relação entre a mãe (cuidadora) e bebê. Ele coloca este ambiente como fundamental para a saúde da criança, ressaltando que falhas no mesmo podem ter conseqüências prejudiciais, acarretando diferentes quadros psicopatológicos. Em sua obra Winnicott também enfatiza a fase de dependência absoluta e de dependência relativa que todo ser humano enfrenta até chegar à sua independência. Em relação à função da mãe suficientemente boa na adaptação às necessidades do seu bebê, Winnicott assinala três tarefas principais: o holding, o handling e a apresentação do objeto.
O Ambiente Facilitador representado pela Mãe Suficientemente Boa
Winnicott foi um dos primeiros autores a hierarquizar o papel da mãe no funcionamento mental da criança. O seu foco foi na relação estabelecida entre a mãe e seu bebê.
Ele desenvolveu o conceito da mãe suficientemente boa, que é aquela que proporciona um ambiente com o mínimo possível de falhas para que o bebê se desenvolva normalmente. Para Winnicott a palavra ambiente significa a relação estabelecida entre a mãe ou cuidadora e o bebê.
Esse ambiente (relação) pode ser favorável ou desfavorável para a relação mãe/bebê, entretanto, Winnicott postula que um ambiente que é totalmente sem falhas não produz um desenvolvimento