Psicologia
Por Lázaro Samir Abrantes Raslan postado em 29/11/2007
Comente!!!
São evidentes e cada vez mais danosos os efeitos do estresse sobre o ser humano e os animais. Viajando pelo sertão nordestino, algumas regiões semi-áridas e de caatinga percebe-se o quanto é triste ver o pasto seco, os animais magros e até carcaças ao decorrer das rodovias. Isto acontece por muitos meses (na época seca), e com certeza os animais lutaram contra a fome e a sede, ou seja, ficaram sob estresse por muito tempo.
O estresse desencadeia reações adaptativas através do comportamento e produção hormonal. Essas reações são realizadas em 3 fases:
A) Alarme
B) Resistência
C) Esgotamento
Figura 1. Fonte: Autor
A) Alarme - É a fase na qual o animal entra em contato (choque) com o agente estressor de fato e tenta respondê-lo e controlá-lo. Nesta fase é acionado o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA); o hipotálamo recebe a informação que existe estresse, influenciando assim, a secreção do hormônio corticotropina (CRH), o qual estimulará a hipófise secretar o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) que atuará na liberação de adrenalina, o que favorece o animal a reagir rapidamente ao estresse. Nesta fase é que deve ser identificado o quadro de estresse, podendo assim tomar as devidas ações de redução ou fim do mesmo.
B) Resistência - Nesta fase o ACTH continua atuando na glândula adrenal para produzir os glicocorticóides (cortisol, corticosterona e cortisona) e as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Os glicocorticóides têm a função de acelerar o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos para disponibilizar energia à corrente sangüínea e possibilitar, com isso, o organismo lutar contra o estresse. As catecolaminas, por sua vez, são responsáveis pela resposta imediata, ou seja, proporciona o animal correr, fugir, procurar abrigo e/ou sombra, aumentar batimentos cardíacos e a respiração.
Juntos atuarão na gliconiogênese (produção de