Psicologia

2015 palavras 9 páginas
HUMANIZAÇÃO
Eduardo Henrique Passos PereiraRegina Duarte Benevides de Barros
No campo das políticas públicas de saúde „humanização‟ diz respeito à transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e trabalhadores e destes entre si.
A „humanização‟ em saúde volta-se para as práticas concretas comprometidas com a produção de saúde e produção de sujeitos (Campos, 2000) de tal modo que atender melhor o usuário se dá em sintonia com melhores condições de trabalho e de participação dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção
1 de saúde (princípio da indissociabilidade entre atenção e gestão). Este voltar-se para as experiências concretas se dá por considerar o humano em sua capacidade criadora e singular inseparável, entretanto, dos movimentos coletivos que o constituem.
Orientada pelos princípios da transversalidade e da indissociabilidade entre atenção e gestão, a
„humanização‟ se expressa a partir de 2003 como Política Nacional de Humanização(PNH)
(Brasil/Ministério da Saúde, 2004). Como tal, compromete-se com a construção de uma nova relação seja entre as demais políticas e programas de saúde, seja entre as instâncias de efetuação do Sistema Único de
Saúde (SUS), seja entre os diferentes atores que constituem o processo de trabalho em saúde. O aumento do grau de comunicação em cada grupo e entre os grupos (princípio da transversalidade) e o aumento do grau de democracia institucional por meio de processos co-gestivos da produção de saúde e do grau de coresponsabilidade no cuidado são decisivos para a mudança que se pretende.
Transformar práticas de saúde exige mudanças no processo de construção dos sujeitos dessas práticas.
Somente com trabalhadores e usuários protagonistas e co-responsáveis é possível efetivar a aposta que o
SUS faz na universalidade do acesso, na integralidade do cuidado e na eqüidade das ofertas em saúde. Por

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