Psicologia
Na psicose, haverá a VERWERFUNG que é a foraclusão do significante que veicula a lei e a condição do desejo : o Nome do Pai.
Como o não ( que é significado pelo pai como interdição está ausente no inconsciente), a questao impossível do psicótico resolver será o quem sou eu? Sendo que o desencadeamento de uma psicose ocorre justo quanto surge uma questão sobre o seu ser,
Ocorre que, o que não se escreve simbolicamente retornará sob a forma de alucinação no real, fazendo coincidir com o real do inconsciente.Por isso o psicótico recorre à palavras ao invés de coisas.
O inconsciente do psicótico está a céu aberto, uma vez que os sujeitos se encontram apoiados em identificações imaginarias e há uma coincidência entre os campos do imaginário e do simbólico, como se o ser se resumisse à sua imagem.
São condições para o desencadeamento de uma psicose: foraclusao do nome do pai, quebra da identificação imaginaria,encontro com um pai.
O gozo na psicose retorna como real em excesso.
A passagem ao ato na psicose pode ser interpretada como uma tentativa de realizar a castração simbólica pelo real. O ato faz com que o sujeito se desvencilhe do objeto.
No tratamento e estabilização de um psicótico temos a escuta do delírio - temos que ouvir as produções do psicótico para delas extrair o seu tratamento. O delírio na psicose substitui um fragmento desagradável da realidade.
Para os psicóticos o investimento das representações de palavras é retido. As palavras são reais.
O investimento da energia libidinal do melancólico é no objeto perdido, do esquizofrênico é no corpo e do paranóico é no outro. Eles são incapazes de estabelecer relação transferencial. O esquizofrênico não estabelece transferência porque está dirigido ao próprio eu e o paranóico estabeleceria uma relação negativa ou erotomana.
Há então um retorno do gozo no corpo na esquizofrenia, um retorno do gozo no outro na paranóia e uma perda permanente de gozo através do eu na melancolia.
O paranóico