psicologia
Na primeira metade do filme, nos deparamos com cenas de racismo, rivalidade e desprezo entre atletas brancos e negros. A convivência na concentração era difícil e repercutia em brigas e humilhações durante os treinos. Através de estratégias do técnico Boone, como obrigar os atletas, na ida para o local de concentração, a sentarem no ônibus ao lado de um colega de raça diferente, bem como partilhar o quarto com o mesmo e aumentar o número de treinos até que todos entrevistassem e conhecessem seu colega, foi possível aumentar a coesão social da equipe. Fica claro, até o momento, o quanto os determinantes situacionais, grupais e pessoais influenciaram no processo de constituição deste grupo enquanto equipe.
Devido às exigências do técnico de que treinassem até realizar com perfeição uma jogada, o grupo, ainda desprovido de uma maior integração e de um bom relacionamento, passou a realizar um movimento rumo à aproximação. A exaustão física levou-os obrigatoriamente à comunicação. Em um primeiro momento, o capitão Gerry que, cansado de repetir jogadas e ver o time pouco empenhado, começou a cobrar dos atletas mais afinco e dedicação. No entanto, diante dessa cobrança, é anunciada a cisão da equipe através de uma discussão entre Gerry e o líder da equipe negra, Julius, explicitando-se a falta de coesão e, ao mesmo tempo, a necessidade de integrar-se caso quisessem atingir o objetivo em comum. Desde esse fato, a determinação em perseguir tal objetivo auxiliou na busca por uma maior cumplicidade e confiança entre os membros. Tal como sugere Rubio (2003) o grupo passou a demonstrar, através dos jogos realizados na concentração, um progressivo entrosamento, utilizando as diferenças entre cada atleta como um complemento para a boa atuação da equipe.
Vimos assim, que os Titãs conseguiram, em meio a dificuldades e pressões, ultrapassar a barreira das diferenças e da desunião, além do preconceito de seus familiares e amigos,