Psicologia
Neste texto Sigmund Freud discorre sobre a descoberta da possibilidade de interpretação dos sonhos.
Para Freud os sonhos:
“eles não são destituídos de sentido, não são absurdos; não implicam que uma parcela de nossa reserva de representações esteja adormecida enquanto outra começa a despertar. Pelo contrário, são fenômenos psíquicos de inteira validade – realizações de desejos; podem ser inseridos na cadeia dos atos mentais inteligíveis de vigília; são produzidos por uma atividade mental altamente complexa.”
Os sonhos podem representar um desejo como realizado. A primeira preocupação é de indagar se esta é uma característica universal dos sonhos ou, por outro lado, tenha sido um sonho específico. Permanece, então, em aberto a possibilidade de que esse sentido não seja o mesmo para todos os sonhos.
“É fácil provar que os sonhos muitas vezes se revelam, sem qualquer disfarce, como realizações de desejos, de modo que talvez pareça surpreendente que a linguagem dos sonhos não tenha sido compreendida há muito tempo.”
Sonho produzido > Desejo realizado > Sonho por conveniência
Neste tipo de sonho “o sonhar toma o lugar da ação, como o faz muitas vezes em outras situações da vida.” (p. 143)
O sonho se organiza de modo conveniente, a fim de, realizar o desejo. Visto que a finalidade única é a realização do desejo, pode haver um caráter egoísta.
“É de se esperar que encontremos as mais simples formas de sonhos nas crianças, já que não há dúvida alguma de que as suas produções psíquicas são menos complicadas que as dos adultos. A psicologia infantil, em minha opinião, está destinada a prestar à psicologia do adulto serviços tão úteis quanto os que a investigação da estrutura ou do desenvolvimento dos animais inferiores tem prestado à pesquisa da estrutura das classes superiores de animais.”
“Os sonhos das crianças pequenas são frequentemente pura realização de desejos e são, nesse caso, muito