Psicologia
Quem é paciente psicótico?
Questão impossível de ser respondida sem incorrer em uma certa redução que toda generalização acarreta.
Um psicótico é uma pessoa que teve, em algum momento da vida, uma situação tal que o obrigou a romper relações: com os outros, com o mundo, com a realidade; exemplo: Uma pessoa que a família e a sociedade não aceita o maior amor da vida dela, e ela se vê grávida, mais não pode assumir esse amor e o filho, simplesmente por racismo ela é família alemã e ele negro. Ao decorrer dos anos essa mulher se torna psicótica, se torna uma pessoa de uma inteligência invejável, não tem sentimentos de amor e arrependimento, manipula tudo e só faz o que convém a ela. Tudo isso acontece por um trauma que como conseqüência trás retraimento, um fechamento em si mesmo. Seu psiquismo pudesse construir alguma tentativa de restabelecer-se, de retomar a vida. Nesse momento, surgem formações como os delírios para tentar dar conta de tal reconstrução.
Há algo no psicótico que, se não é de apoio a partir do qual é possível falar, intervir e, ainda compreender um pouco daquele sofrimento que a pessoa apresenta: o delírio. Nem todos os pacientes deliram mas, os que assim o fazem permitem o estabelecimento de um certo tipo de relação com o analista. Alguns caminhos para essa técnica (psicanalística aplicada) ao tratamento de psicóticos ou vice-versa, mas apenas apontar alguns caminhos para essa técnica a partir do momento em que o delírio entra em cena.
Nos indícios da psicanálise, com Freud e o tratamento da histeria, temos um primeiro momento no qual um sintoma quer dizer algo, representa algo, trás um sentido para além de si e, paradoxalmente (opostamente), um sentido que nele mesmo se encerra. O sintoma aponta caminhos, revela um compromisso entre forças em constante jogo para se fazerem presentes e para possibilitarem alguma obtenção de