Psicologia

3633 palavras 15 páginas
O comportamento do indivíduo na organização: uma decisão do mercado?

Ser um trabalhador a partir de 1914, data do início do período fordista, significava acordar diariamente, trabalhar oito horas e ganhar cinco dólares por dia. Com esse ganho o trabalhador poderia consumir os produtos produzidos em massa por ele mesmo. Consideradas como mera extensão de tendências pré-estabelecidas pelo taylorismo (Frederick Taylor/1856-1915), as inovações tecnológicas e organizacionais propostas por Henry Ford racionalizaram a produção e conseguiram enormes ganhos em produtividade (HARVEY, 2006). Segundo o autor: O que havia de especial em Ford (e que, em última análise, distingue o fordismo do taylorismo) era a sua visão, seu reconhecimento explícito de que produção de massa significava consumo de massa, um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política de controle e gerência de trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia, em suma, um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista e populista (HARVEY, 2006, p. 121). Duas décadas seguintes, o líder comunista italiano Antonio Gramsci, “jogado numa das prisões de Mussolini” (HARVEY, 2006, p. 121) faz uma análise em seus Cadernos do Cárcere do que foi esculpir esse novo trabalhador, ao observar que o americanismo e o fordismo equivaliam ao “maior esforço coletivo até para criar, com velocidade sem precedentes, e com uma consciência de propósito sem igual na história, um novo tipo de trabalhador e um novo tipo de homem” (apud HARVEY, 2006, p. 121). Gramsci mostra que os novos métodos de trabalho fordista “são inseparáveis de um modo específico de viver e de pensar e sentir a vida”.
Naquele momento o trabalho absorvia toda a vida do indivíduo, pois Ford acreditava que o novo tipo de sociedade poderia ser construído simplesmente com a aplicação do modelo adequado ao poder corporativo: o propósito do dia de oito horas era para dar aos trabalhadores renda e tempo de lazer

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