psicologia
Instituto de Ciências Humanas – Psicologia
Disciplina P – Estágio Psicoterapia na Abordagem Fenomenológica-Existencial.
Nome da aluna: Caroline Lucchesi Vaz RA: 814616-0
Questão
Lessa e Sá (2006) no texto “A relação psicoterapêutica na abordagem fenomenológico-existencial” discorrem sobre o fenômeno a transferência que ocorre no encontro psicoterápico, procurando situar como este fenômeno é compreendido a partir da abordagem fenomenológico-existencial. Deste modo, como você explicaria o fenômeno da transferência para a abordagem fenomenológico-existencial e em que sentido esta visão se contrapõe a visão psicanalítica de transferência?
Resposta:
De acordo com May (1988, p.21 apud LESSA; SÁ, 2006), o fenômeno da transferência para a abordagem fenomenológico-existencial deve ser entendida como a distorção do contato. Diz isso porque acredita que “jamais houve alguma norma a respeito do contato humano na psicanálise e nenhum espaço adequado para o relacionamento mútuo”. A perspectiva existencial valoriza o encontro no aqui-agora, onde o outro comparece com sua alteridade própria, afetando e sendo afetado, e não apenas enquanto uma representação. Com essa afirmação não se quer dizer que no contato não haja sempre elementos de impessoalidade e inautenticidade, mas sim que as chamadas “projeções” e “transferências” aparecem apenas como aspetos componentes do contato e não como sua dimensão essencial para a psicoterapia.
Segundo May (1988, p.21 apud LESSA; SÁ, 2006), na psicanálise a importância clínica da relação afetiva foi reconhecida por Freud e é comprovada diariamente por todos que vivem a experiência da psicoterapia. Denominá-la, no entanto, como “transferência”, só faz sentido a partir de uma compreensão que se baseia nas noções de “causalidade” e “subjetividade intra-psíquica”. Isto é, a história de vida é vista como uma sequência causal de acontecimentos em que o anterior